A melhor obra de arquitetura brutalista da América Latina é associada a um gliptodonte, um mamífero extinto há dez mil anos, nativo das Américas.
Em relatos da história da construção do edifício há registros de que se encontrou um fóssil de gliptodonte no momento da escavação do terreno e que o próprio Clorindo Testa, um dos arquitetos responsáveis pela autoria do projeto –e talvez o mais famoso da Argentina– fez a associação da forma do prédio ao animal. Ainda hoje esta relação é lembrada e se usam os termos patas e barriga ( em espanhol panza) como nomenclatura corrente para identificação de cada região da obra.
Essa história refere-se à Biblioteca Nacional de Buenos Aires e é contada na visita guiada ao edifício disponibilizada ao público.
Devido ao caráter possivelmente fantasioso do relato, procurei informações para verificar a autenticidade dessa versão e pude observar que há realmente diversos textos sobre o gliptodonte encontrado na Biblioteca Nacional.
Mas, em relação a parte de a biblioteca ser a melhor obra de arquitetura brutalista da América Latina, não fiquei convencida, ou melhor, não vi suficientes argumentos que justificasse o dado. Pelo menos não a um arquiteto paulista.